Mulheres indomáveis, corpos a domesticar: o horror cinematográfico da bruxa

Na Idade Média, o corpo da bruxa foi imaginado como fonte de terror e signo de um feminino incontrolável, monstruoso e sempre em contato com uma exterioridade assustadora. No cinema, as bruxas cumpriram frequentemente tal papel, fazendo parte de uma galeria de outros monstros comuns, como os vampiros, os fantasmas e os zumbis. O objetivo deste trabalho, porém, é analisar um conjunto de filmes recentes nos quais a figura da bruxa emerge também como potência de libertação e criação, fazendo do feminino uma condição-limite sempre aberta à mudança e ao novo.

Continuar Lendo

O fantasma

Fantasma é uma aparição que vive entre o real e o imaginário, num Limbo, região que de acordo com o catolicismo se localiza entre o Céu e o Inferno, onde as almas de crianças que não foram batizadas e as dos pagãos virtuosos encontram-se. Fantasmas pertencem ao imaginário; são impalpáveis reflexos, vultos que atravessam paredes.

O dicionário diz que fantasma é uma imagem ilusória, uma falsa aparência, medonha, apavorante, que pode ser alguém que morreu e reaparece, mas também pode ser objeto ou som ligado a essa pessoa morta. Fantasmas são frutos da imaginação, só existem na fantasia de quem os vê, são simulacros.

Continuar Lendo